As pessoas com deficiência, em situações como a que o país vivencia hoje, ficam ainda mais isoladas, segregadas e esquecidas. No contexto atual, fazem parte do grupo de risco, mas não podemos pensar que o “isolamento domiciliário” garantirá a sua saúde.
Muitas das pessoas com deficiência precisam de tratamentos diários, e por isso têm que ser criadas respostas para que a sua situação física e/ou mental não se deteriore. Nesta fase, é imprescindível haver equipas de profissionais que dão apoio presencial ou virtual, dependendo da necessidade, de forma a dar continuidade aos tratamentos clínicos e de reabilitação. Assim, as entidades da Saúde e da Solidariedade Social devem proporcionar os Equipamentos de Proteção Individual para que, nestes contactos, todos estejam protegidos.
As pessoas com deficiência, embora habituadas à falta de informação e de apoio, são as que neste momento precisam mais de ambos, para que a “terapêutica” indicada não tenha um efeito iatrogénico
As pessoas com deficiência devem ter acesso à informação, de forma fidedigna, e poder manter as atividades que contribuem para a sua saúde e o seu bem-estar. As famílias e amigos precisam ser também escutados, e é importante criar espaços de partilha de toda a rede de suporte da pessoa com deficiência.
Associação Paralisia Cerebral de São Miguel.